Em legítima defesa
Talvez exista o céu. O paraíso. A plenitude. Mas sem aviso, sempre. Ela vem. Chega sorrateira, quase que em silêncio e cala todos os sorriso que até ali haviam. Embora a morte me fascine por todo o seu mistério, ela continua a matar e levar-me por aí. Demorei muito tempo. Mas entendi que muitas vezes matar aquilo que nos faz mal, mesmo que seja bom, é saber cuidar de nós. A morte pode ser muito a vezes o norte, do barco que por ali anda há deriva. Não tem Capitão. Não sabe a razão. E esquece o coração. Tive que recorrer a ela, e saber matar sentimentos. Juro que não queria, mas foi em legítima defesa.